Abramovich culpa dissidentes pela saída de Villas-Boas
DONO DO CHELSEA ESTAVA RELUTANTEA comunicação social britânica continua a acrescentar pormenores sobre a saída de André Villas-Boas do Chelsea, no domingo, destacando-se esta segunda-feira um relato do "Daily Mail" no qual se conta que Roman Abramovich "juntou os dissidentes no balneário e culpou-os directamente pela demissão" do técnico, que tinha pernoitado no complexo de treinos do clube.
O jornal inglês conta que o proprietário do clube londrino tomou a decisão de forma relutante, após uma reunião de duas horas com o conselho de administração, que terminou ao meio-dia.
"Abramovich admira a determinação e vontade de Villas-Boas mas ficou assustado quando este falhou na tarefa de unir um plantel hostil", relata o jornal.
Depois de Villas-Boas ter sido informado, Abramovich falou com os jogadores "dissidentes", avisando-os ainda de que no verão haveria lugar a grandes mexidas no plantel.
Sobre Villas-Boas, o "Daily Mail" acrescenta que este estava de tal forma obcecado com o trabalho que dormiu no complexo de treinos, "numa cama estilo japonês".
Na manhã de domingo, o técnico português orientou o plantel, na que seria a sua última sessão de treino, tendo percebido que a demissão estava decidida quando viu chegar Abramovich, acompanhado pelos diretores Ron Gourlay e Eugene Tenenbaum e por vários seguranças.
AVB representa "rombo" de 60 milhões nas contas do Chelsea
"THE SUN" ANALISOU IMPACTO DO TÉCNICOO jornal inglês "The Sun" fez a contas e chegou à conclusão que o despedimento de André Villas-Boas terá um impacto financeiro superior a 50 milhões de libras (mais de 59,9 milhões de euros) nas contas do Chelsea, o que coloca o técnico como "um 'flop' ainda mais caro do que o avançado Fernando Torres", contratado pelos blues ao Liverpool em janeiro de 2011.
Na contabilidade feita pelo diário entra a cláusula de rescisão de 13,3 milhões de libras (15 milhões de euros) paga ao FC Porto, em junho de 2011, a indemnização a Carlos Ancelotti, antecessor de Villas-Boas, superior a 10 milhões de libras (mais de 11,9 milhões de euros), e os salários do treinador português correspondentes ao que falta cumprir no contrato de 3 anos (só esteve 36 semanas no cargo e cada uma delas vale 90 mil libras, 107.950 euros) - ou seja, Roman Abramovich tem de pagar 11 milhões de libras (mais de 13,1 milhões de euros) pela rescisão.
A isto acresce o valor que representará a contratação outro treinador, que será o 8.º em 8 anos, o qual não é adiantado ainda - Roberto Di Matteo foi apontado como treinador interino do Chelsea até final da temporada.
Fonte: record